eu acabei de ver distrito 9 no cinema. e depois que saí do cinema, peguei o ônibus e passei em frente do batalhão da polícia militar da barão de mesquita. dois caveirões, pelo menos uns dez carros, entre bolinhas e blazers e pelo que o engarrafamento me permitiu ver, lá dentro deviam ter uns duzentos policiais, entre tropa de choque, bope, policial militar e civil.
quanto ao filme, dá um toque sci-fi nos problemas da áfrica do sul. não só de lá, amici mei. mostra que os ets que moram na favela são bem parecidos com as pessoas que moram em qualquer favela, por mais ets que essas pareçam para quem mora no "asfalto". mas o que me impressionou foi o fato da caracterização dos policiais. corruptos, covardes e inescrupulosos.
há quem diga que nem todos são assim. bom, quando o seu trabalho é portar uma arma(e não importa o calibre), você deve ser assim. e não precisa ler orwell para saber disso. pela força é que se defende um monte de coisas. um apartheid velado. em nome da segurança de uns mas falando por todos.
como no filme, o massacre de ets é justificado em nome da segurança dos que não são ets de andarem por onde bem entenderem sem serem importunados com os diferentes. e o bope aqui se justifica para o sérgio cabral poder andar de camisa pólo do lado do minc, que - há quem diga o contrário - não é muito diferente do sérgio cabral.
pode ser que eu esteja errado, mas o que o vanucci disse bêbado não tem muito mais graça para mim. áfrica do sul é logo ali mesmo, desceu a teodoro da silva e deu na visconde de santa isabel, aquilo ali é johanesburgo.
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