quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

o deus de carlito.

eu sou ateu e botafoguense. normalmente quando começa o segundo termina o primeiro. para isso acredito nas magias, superstições, orações, palavras, gestos, números e etc. tudo isso que faz as pessoas não pensarem direito. algumas fazem em função de algo, eu faço em função do botafogo.
hoje, quarta feira de cinzas(que na hora dessa postagem não é mais) foi a semifinal da taça guanabara, contra o fluminense. não fui ao jogo. acordei com uma dor de cabeça horrível que de vez em quando tenho. não iria para o jogo me esgoelar e passar mal no meio da multidão. fiquei em casa. também como me esgoelo mais em clássicos e já quase passei mal em alguns, não vi o jogo por preucação. umas temporadas de House me ocuparam.
mas como sempre, me lembrei de nelson rodrigues e de uma crônica dele. o deus de carlito. a crônica se trata dessa maluquice alvinegra(antiga, diga-se de passagem) que se tem. de acreditar e usar todo o sobrenatural em função do botafogo. depois de tomar conhecimento dessa crônica eu tive um pouco de alívio, porque ali me vi.
o inexplicável não se explica, apenas se acredita. se tem fé, e só, mais nada. é o caminho turvo, mas o único caminho. pois quando se trata de futebol, se trata de uma caixinha de surpresas, já dizia a frase sem graça. nem toda a filosofia que eu li, leio ou lerei irá explicar isso porque me sinto assim: desprovido de minhas teorias, no campo prático. no campo prático das paixões. imateriais ou não, não importam. eu já agradeci carlito hoje, como agradeci em outras ocasiões.
pode ser que eu esteja errado, mas até que ache alguma forma de torcer melhor, continuo com as minhas mandigas.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

caroline om allt.

com sua aparência pálida de bochechas rosadas, seus quase 1,80, seu vestido rosa, suas anteninhas, seu sorriso discreto e seu cabelo castanho. ahhh caroline que era mulher de verdade!

pode ser que eu esteja errado, mas viva nasum! viva ingmar bergman! viva husmankost! viva greta garbo! viva ibrahimovich! viva amon amarth! meu amigos, um grande e imenso viva à suécia!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

é carnaval, me leve a mal.

começou a época que anuncia o começo do ano, o final das férias, o habeas corpus para a alegria e o álibi para bebedeira. apesar de eu só começar o ano daqui há duas semanas e não estar mais bebendo vou aproveitar como se fosse o último.

pode ser que eu esteja errado, mas nesse carnaval eu vou DE SUNGA BRANCA, MOLHADA E CHAMANDO OS OUTROS DE BRÓDER!

Menino Charlinho Vive!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

você é o que você come.

eu sou gordo, sempre fui. falar que eu nunca tive problema com isso é mentira, mas sou relapso demais para mudar o atual quadro. e meus pais são assinantes da Net, desde que eu era moleque. e eu sempre vi o GNT. de uns 3 anos pra cá(pelo que me recordo) o canal começou a passar uns programas com uma mulherzinha chamada Gillian McKeith. uma "nutricionista" que não passa de 1,60 m e tem pouco mais de 30 kgs. nos programas ela aterrorizava os gordinhos, fazendo eles chorarem e mostrando o quanto são gordos, obesos, infelizes, miseráveis e todas as coisas legais de se dizer para quem está acima do peso(como se a gente não tivesse escutado isso a vida toda).
bom, todo mundo nos programas ganhava o esporro, se "emendava" e ficava feliz no final com a Gillian, e aliás, 80% das vezes com mais choradeira. bom, o meu problema é com ela.
em alguns programas deu para se perceber que ela é baixinha, velha, magra demais e anda torta. não sei se foi a dieta dela que a fez assim, não sei se é problema de coluna, não sei se foi acidente, realmente eu não sei. mas como o nome do programa dela é "você é o que você come", eu desconfio de algumas coisas. ou melhor, não-coisas.
fora ela aterrorizar a galera no programa, ela não gosta de quem a critica, e tá processando meia dúzia de 8 ou 9 cabeças lá fora, incluindo o google(???). fora ser uma pessoa que fala pros outros, ela também é uma boa ouvinte.
vendo os programas sempre me bate aquele pensamento, "é tá na hora de emagrecer", mas aí eu lembro de quem tava me "incentivando" a emagrecer.
pode ser que eu esteja errado, mas eu não vou seguir à risca o que alguém com a caroça igual ao inimigo do he-man me diz para eu ficar bonito.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

o politicamente correto.

o que é ser politicamente correto? agir de acordo com regras, guiar a sua vida por ensinamentos, ser coerente no que se pensa e no que se faz?

quem dita as regras? quem age de acordo com elas? porque as segue? elas precisam ser seguidas? elas não podem ser criadas ou distorcidas? guia-se a vida pelas palavras dos outros ou pela própria interpretação delas? se é coerente quando se faz diferente do que se pensa? mas se foi feito, é porque foi coerente com que se pensa?

se ouve, se lê, se vê. aí se pensa a respeito, se age a respeito. cobrar coerência de quem tem uma diferente? mas que coerência se cobra do outro? a sua ou a dele? se sabe tanto a respeito do outro a ponto de se poder cobrar a coerência dele? confuso isso.

porém, politicamente correto sempre se é, porque se aje de acordo com a própria política, com as próprias regras, com os próprios ensinamentos. pelo menos se deveria.

mas quando se aje de acordo com os príncipios de outrem? de outra ordem, de outro lugar mais alto. em uma hierarquia. aí não é ser políticamente correto. é viver em simulacro. a realidade distorcida cabendo em um sonho.

o sonho do rebanho uniforme. "faça isso, faça aquilo". "por causa disso, por causa daquilo". onde se vê o igual. o espelho. aquele que nos é familiar. outros de nós. iguais a nós. iguais demais a nós. com as mesmas dúvidas. com as mesmas aspirações. uniformes em suas confusões.

uma massa uniformemente confusa. mas lembre-se, ainda uniforme. todos iguais tal como manda o figurino. ou a figurinha.

é isso que se quer? reconhecer-se corretamente no igual? ser politicamente correto é ser igual a outros? não discordar e apenas concordar? não, isso não é.

pode ser que eu esteja errado, mas em nenhum momento eu quero concordar em tudo com alguém.

pode ser um começo.

pode ser que eu esteja errado, mas a idéia de ter um blog é ruim. tanta gente com um aí e escrevendo tanta besteira. pode ser que eu seja mais um.