terça-feira, 6 de setembro de 2011

do trivial

quanto já se falou do trivial? e quanto ainda ou nunca se falou do trivial? o que somos enquanto trivialidades? ser é existir? ou ser é ser? quantas questões nos fazemos e quantas outra mais ainda iremos nos fazer. na calada da noite quantos pensamentos monumentais nos cercam, quantas indas e vindas chegam e partem? onde tudo não faz sentido e o nada é resoluto, abismal e mecânico. quantos se curvam aos mistérios do universo e da vida? quantificando o existir e existindo quantificando. pode ser muito à pensar essa hora, 03h da manhã.

o que somos? o que podemos ser? até onde ser e até onde nunca ser? onde no outros nos vemos e onde em nós os outros não enxergam? que parte de nós nunca deixa de pensar e qual parte sempre se cansa a cada rodada de assuntos novos? quantas perguntas mais até o fim dessas frases? nada se resolve. nós criamos mais e mais respostas pra perguntas que ainda nem sabemos. como nós somos esse amontoado de coisas e ainda sim não nos sentimos parte de nada? vagando pela luz, pela escuridão, pelo meio fio da calçada.

quantas partes faltam, quantas faltas partem? as lembranças de cada um, as reflexões, angústias e lampejos de fome. quantas retas dão em nada e quantos nadas são cada vez menos retos. nós. nós. e nós.

pode ser que eu esteja errado, mas somos átomos que sabem demais.